1) Avaliação de verdade: entender a causa, não só a dor
Avaliar não é só perguntar “onde dói”. É observar como você se move, como trabalha, dorme, treina e quais hábitos estão alimentando o problema.
Exemplo simples: a dor no joelho pode nascer de um tornozelo rígido + glúteo fraco; o ombro dolorido muitas vezes vem de coluna torácica dura e escápula “apagada”. Sem esse mapa, você apaga incêndio hoje… e ele volta amanhã.
O que olhamos na prática
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Mobilidade (tornozelo, quadril, torácica)
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Força e controle (glúteo médio, manguito, core)
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Padrões de movimento (agachar, empurrar, puxar, correr)
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Carga semanal (quanto você faz, quão rápido progride)
2) Tratamento individualizado: plano feito para o seu corpo
Não existe “receita de bolo”. Duas pessoas com a mesma queixa recebem planos diferentes. A ideia é combinar mobilidade + força + controle na dose certa para a sua rotina, com progressões simples, que cabem no tempo que você tem.
Como isso se traduz
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Mobilidade para “abrir espaço” articular sem dor
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Fortalecimento na faixa segura (isométrico → concêntrico → excêntrico)
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Propriocepção para ensinar o corpo a “se localizar” (equilíbrio, mudanças de direção)
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Educação em carga: regra de ouro — o que você faz hoje não pode piorar amanhã
3) Olhar global: corpo conectado, resultado duradouro
A dor quase nunca é isolada. Joelho conversa com quadril e pé; ombro depende de coluna e escápula; respiraçãoinfluencia tensão cervical. Tratar por partes resolve o sintoma; tratar o todo sustenta o resultado.
Sinais de que você está no caminho certo
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Dor caindo semana a semana
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Mais confiança para tarefas do dia a dia
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Força e mobilidade equilibradas entre os lados
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Retorno gradual ao esporte sem “rebote” no dia seguinte
Recursos que potencializam (sem virar muleta)
Depois das técnicas e exercícios, usamos Kinesio como coadjuvante: melhora a propriocepção, dá conforto e ajuda a não “trapacear” o movimento. Também podemos indicar órteses esportivas em fases específicas para reduzir sobrecarga — sempre junto com o treino de base.
Importante: bandagem e órtese ajudam, mas quem te dá alta de verdade é força + mobilidade + controle + gestão de carga.
Exemplo rápido (caso realista)
Carlos passa o dia no computador, corre no fim de semana e sente fisgada ao levantar o braço.
Plano: mobilidade torácica, ativação de escápula (serrátil/Trap. inferior), rotação externa leve, ajustes no posto de trabalho e mini-pausas de 60–90s a cada 30–40min. Em 2 semanas, dorme melhor; em 4, volta a levantar sem dor; em 6, entra em prevenção.
FAQ rápido
Preciso parar tudo para melhorar?
Geralmente, não. Ajustamos carga e volume para que você continue se movendo sem piorar no dia seguinte.
Quanto tempo para sentir diferença?
Com constância (15–20 min, 3–5x/sem), muita gente melhora em 2–4 semanas. O objetivo é resultado sustentável, não milagre.
Kinesio substitui exercício?
Não. É parceira do processo — quem reabilita é movimento com qualidade.

