Por que os membros inferiores exigem atenção
- Sustentam carga e concentram torques de rotação; uma aplicação mal direcionada pode acelerar desgaste articular e deformidades.
- Faixas intensificam o que já existe (sensório-motor). Elas não criam tônus/força/sensação do zero — ajuste de expectativa = segurança.
A principal contraindicação (regra de ouro)
Após 6–7 anos, evite torque rotacional persistente em MMII sem liberação médica: aumenta o risco para a integridade e longevidade do joelho.
O que fazer no lugar: priorize suporte, alinhamento e estabilidade funcional (uso durante tarefas) em vez de “correção forçada” contínua.
PC com subluxação/luxação de quadril: cuidados críticos
- Risco: torque mal orientado pode piorar anteversão femoral e instabilidade do quadril.
- Condução segura: avaliação especializada (fisioterapeuta/ortopedista); medir rotação femoral (ex.: Ryder modificado) para definir magnitude e direção seguras.
- Quando usar: foque em organização de tronco e pélvis, simetria de carga, e suporte leve em MMII durante tarefas → sem forçar rotação.
Outras situações que pedem cautela
Pressão no tronco
- Evite compressão que atrapalhe ventilação ou aumente refluxo. Critério: a criança deve respirar e falarconfortavelmente.
Gastrostomia e refluxo
- Duas opções: janela na faixa para o botão G ou retirar/afrouxar na alimentação. Refluxo? Reduza tensão/altura da faixa abdominal.
Tipos de faixa & tensão
- NuStim / ProWrap: não são para tração/torque; uso posicional.
- TogRite: comportamento de “músculo externo” (pode tracionar) → checar perfusão distal (cor, temperatura, sensibilidade) após aplicação.
Pele
- Eritema reativo leve pós-retirada é esperado e transitório (minutos). Persistência, prurido ou edema → interrompa e reavalie.
- Nunca deixe velcro em contato direto com a pele.
Checklist de segurança (salve este bloco)
- Idade & articulações: >6–7 anos? Sem torque rotacional persistente.
- Quadril em PC: suspeita/diagnóstico de subluxação? Avalie antes; meta = suporte, não correção rígida.
- Dose mínima eficaz: inicie com baixa tensão e tempo curto (10–20 min em tarefa), progredindo conforme tolerância.
- Monitoramento ativo: pele, perfusão distal, conforto respiratório, sinais de refluxo/fadiga.
- Objetivo funcional único: ex.: “sentar 15 min com mãos livres” | “10 m com andador sem travar joelhos”.
- Revisão periódica (2–4 semanas): ajuste de trajeto, tensão e tempo de uso.
- Integração multiprofissional: combine com órteses, treino de força/equilíbrio e educação familiar.
Protocolos práticos (modelos)
1) Estabilidade sem torque (6–7+ anos ou quadril instável)
- Tronco: cinta leve (NuStim/ProWrap) para midline;
- Pélvis/joelho/tornozelo: fitas em Y curtas apenas para pistas de alinhamento, sem tração forte;
- Tarefa: sentar–levantar, transferência, passos assistidos 10–20 min;
- Meta: qualidade do movimento > amplitude de correção.
2) Janela sensório-motora (≤6 anos, sem instabilidade articular)
- TogRite com tração baixa a moderada orientada pelo teste de rotação;
- Aplicar só durante a tarefa alvo (marcha assistida/estação) e retirar depois;
- Checagem: perfusão distal + pele a cada sessão.
Erros comuns (e como evitar)
- Deixar o dia todo: faixas foram feitas para ensinar durante a tarefa, não para “moldar dormindo”.
- Confundir alinhamento com rigidez: mais tensão ≠ melhor.
- Ignorar a respiração: tronco “apertado” derruba performance.
- Velcro na pele: microtraumas desnecessários.
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Guia prático de contraindicações e cuidados com Faixas Neuro nos membros inferiores: quando evitar torque, como proteger joelho/quadril e aplicar com segurança.


