Frases que dificultam a inclusão: Realidade das pessoas com deficiência!
A convivência com pessoas com deficiência pode trazer à tona uma série de frases e expressões, muitas vezes ditas com boa intenção, mas que, na prática, acabam reforçando estigmas e preconceitos.
Este artigo busca destacar algumas das frases mais comuns que, longe de ajudar, podem dificultar a inclusão e promover uma visão limitada e preconceituosa sobre as pessoas com deficiência e suas famílias.
"Deus não dá um fardo maior do que você pode carregar"
Essa frase, comumente dita a pais de crianças com deficiência ou diretamente às pessoas com deficiência, carrega um peso emocional enorme.
Embora a intenção seja de consolo, ela implicitamente sugere que a deficiência é um fardo, um peso a ser suportado, e não uma característica que faz parte da diversidade humana.
Além disso, coloca a responsabilidade e a força para lidar com a deficiência nas mãos da fé, ao invés de promover o apoio social e institucional necessário.
"Ele(a) parece normal"
Ao tentar tranquilizar os pais de uma criança com deficiência, muitas pessoas dizem que a criança "parece normal". Esta afirmação, porém, reforça a ideia de que há uma norma a ser seguida e que a deficiência é algo que se deve esconder ou superar.
A normalidade é um conceito relativo, e todos, com ou sem deficiência, possuem suas peculiaridades e habilidades únicas.
Por que essas frases são prejudiciais?
Essas expressões, embora ditas com boas intenções, reforçam a ideia de que a deficiência é um problema, um desvio da norma que precisa de consolo ou admiração exagerada. Elas perpetuam a visão de que as pessoas com deficiência são diferentes de uma forma negativa, e não simplesmente diferentes.
A inclusão verdadeira exige uma mudança de perspectiva: é preciso ver a deficiência como parte da diversidade humana e garantir que todos tenham acesso às mesmas oportunidades e direitos. As políticas públicas, a educação, o mercado de trabalho e os espaços públicos devem ser adaptados para acolher a diversidade de todos os cidadãos.
Conclusão
A verdadeira inclusão se baseia no respeito e na valorização da diversidade humana. As palavras têm poder e, ao mudarmos a forma como nos expressamos, podemos criar um impacto significativo. Promovendo uma comunicação mais consciente e respeitosa, contribuímos para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.
Para mudar esse processo, é essencial começar com a educação inclusiva, que valorize a diversidade e acolha todos os alunos, com e sem deficiência, em um ambiente colaborativo. Garantir a acessibilidade em todos os espaços públicos e privados é fundamental para permitir a plena participação de pessoas com deficiência na sociedade.
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